José Leonilson Bezerra Dias (
Fortaleza,
1957—
São Paulo,
1993) foi um
pintor,
desenhista e
escultor brasileiro.
Em 1961 mudou-se com a família para São Paulo. Entre
1977 e
1980 cursou educação artística na
Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), onde foi aluno de
Julio Plaza (1938-2003),
Nelson Leirner (1932) e
Regina Silveira (1939).
Teve aulas de
aquarela com
Dudi Maia Rosa (1946) na Escola de Artes Aster, que freqüentou de
1978 a
1981. Nesse último ano, em
Madri, realizou sua primeira exposição individual e viajou para outras cidades da
Europa. Em
Milão teve contato com
Antônio Dias (1944), que o apresentou ao
crítico de arte ligado à
transvanguarda italiana Achille Bonito Oliva (1939).
A obra de Leonilson é predominantemente autobiográfica e está concentrada nos últimos dez anos de sua vida. Segundo a crítica Lisette Lagnado, cada peça realizada pelo artista é construída como uma carta para um diário íntimo. Em
1989, começou a fazer uso de
costuras e
bordados, que passaram a ser recorrentes em sua produção. Em
1991, descobriu ser portador do vírus da
Aids, e a condição de doente repercutiu de forma dominante em sua obra.
Seu último trabalho, uma instalação concebida para a Capela do Morumbi, em São Paulo, em
1993, tem um sentido espiritual e alude à fragilidade da vida. Por essa mostra e por outra individual realizada no mesmo ano, recebeu, em
1994, homenagem póstuma e prêmio da
Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).
No mesmo ano de sua morte, familiares e amigos fundam o Projeto Leonilson, com o objetivo de organizar os arquivos do artista e de pesquisar, catalogar e divulgar suas obras